domingo, 30 de janeiro de 2011

Reclamações de lojas virtuais cresceram 320%, diz site

A comodidade da internet faz com que alguns consumidores optem por fazer suas compras direto do computador. Às vezes, o que parecia só mais um conforto acaba se tornando dor de cabeça.
Dados do site de reclamações Reclameaqui.com.br mostram que o volume de reclamações feito no mês de dezembro para as 14 lojas virtuais de maior operação no país aumentou 320% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Maurício Vargas, do Reclameaqui, liga o aumento das reclamações ao próprio crescimento do comércio virtual no Brasil. Mas ele afirma que o aumento das queixas foi desproporcionalmente maior que o das vendas.
A principal reclamação dos consumidores é quanto à entrega do produto. "A logística de entrega não funciona no país. Observamos que 74% das reclamações de dezembro foram relacionadas aos atrasos de entrega."
Outros problemas estão relacionados a produtos que vieram errado, propaganda enganosa e mercadoria entregue com defeito.
ENTREGA
Vargas explica que existem três causas principais para as falhas na entrega das compras. "Em alguns casos, a indústria não conseguiu manufaturar o produto vendido. Também existem problemas de dentro da empresa, como a ausência de pátio para armazenar os produtos. Por fim, existem os problemas de logística, que estão suscetíveis a fatores como chuva ou tipo de transporte usado na entrega", conta.
Dados do Procon de São Paulo mostram que a não entrega ou a demora para a chegada do produto à casa do consumidor foram motivo dos principais atendimentos relacionadas ao comércio eletrônico na cidade de São Paulo entre janeiro e novembro de 2010.
Marcos Diegues, do Procon, destaca que a época de fim de ano é ainda mais complicada em relação a isso, mas os dados da fundação mostram que o problema persiste nos outros meses.
"Os números tem aumentado a cada ano. Sabe-se que essa época é complicada e não se faz nada", disse, ao ser questionado se as empresas estão tomando alguma providência diante da demanda de reclamações.
Os registros do Procon, segundo Diegues, mostram reclamações de falta de entrega, produtos entregues com defeito e desistência das compras não reconhecidas.
Nesse último caso, o consumidor resolve cancelar a compra depois de a empresa não ter cumprido parte do contrato (como o prazo de entrega, por exemplo), mas a companhia resiste em reconhecer isso.

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