terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mais práticos que câmeras digitais, smartphones ganham espaço

O destino das suas melhores fotos é praticamente certo: redes sociais como o Facebook, o Twitter e o Orkut.
O caminho até lá, porém, pode ser mais curto ou mais comprido, dependendo do dispositivo que você usar.
Se for uma câmera compacta, você precisará lembrar de sair de casa com ela, checar se a bateria está carregada, bater a foto, conectar a máquina a um computador com acesso à internet, encontrar a imagem desejada e, finalmente, compartilhá-la na rede.
Se for um celular, basta tirá-lo do bolso, bater a foto e dar alguns toques na tela.
Embora geralmente ofereça uma qualidade superior de imagem, a câmera digital compacta parece cada vez mais anacrônica em comparação ao celular inteligente --um dispositivo mais íntimo e que está sempre à mão.
Além da conexão direta à internet, os celulares podem ser incrementados com programinhas como o badalado Instagram, para iPhone, que permitem acrescentar efeitos às suas fotos, fazendo-as parecer mais interessantes.
VENDAS
Nos EUA, as vendas de câmeras compactas caíram 16% entre 2008 e 2009, o que representou uma queda de faturamento de 24%, de US$ 2,4 bilhões para US$ 1,9 bilhão, de acordo com a empresa de pesquisa NPD.
No Brasil, porém, as vendas de máquinas fotográficas amadoras seguem em robusto crescimento: passaram de 1,4 milhão de unidades entre janeiro e agosto de 2009 para 2,1 milhões no mesmo período de 2010, de acordo com levantamento da GfK, empresa de pesquisa de mercado.
Nos próximos anos, porém, o Brasil deve seguir a tendência observada nos EUA, segundo Luciano Crippa, coordenador de pesquisas da consultoria IDC.
"Cada vez mais vemos a convergência das tecnologias. As câmeras dos smartphones estão ficando mais próximas de uma qualidade ideal, encontrada hoje numa câmera portátil", afirma Crippa, que atribui as boas vendas das câmeras digitais à redução dos preços, ao bom momento econômico do país e às facilidades de pagamento e parcelamento.
MULTIFUNÇÃO
Segundo Crippa, aparelhos de função única tendem a ficar restritos a nichos, enquanto a maioria dos consumidores prefere dispositivos multifuncionais.
De acordo com a GfK, os smartphones foram responsáveis por 11% do faturamento de produtos eletrônicos de consumo em 2010 no Brasil --um crescimento de 116% em relação ao ano anterior, quando a categoria respondia por uma fatia de 6%.
O principal motivo para esse aumento das vendas foi a queda do preço médio dos celulares inteligentes, de R$ 1.000 para cerca de R$ 800 --uma variação de 19%.

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