O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, não recebeu
bonificação máxima no ano fiscal passado, apesar da companhia ter
registrado faturamento recorde. O corte no bônus do executivo ocorreu
por erros no segmento de celulares e pela empresa não ter reagido com
rapidez suficiente ao iPad, da Apple.
Ballmer, 54, recebeu bonificação em dinheiro de US$ 670 mil relativa ao
ano fiscal encerrado em 30 de junho. O valor é igual ao seu salário, mas
é apenas metade do bônus máximo, de acordo com documentos apresentados
na quinta-feira.
A maior produtora de software do mundo elogiou Ballmer por elevar as
vendas em 7%, para o recorde de US$ 62,5 bilhões, por medidas de corte
de custos, pelo lançamento das mais recentes versões do Windows e Office
e por levar adiante os esforços da empresa nos videogames e na
computação em nuvem.
Mas os comentários sobre a remuneração de Ballmer na documentação anual
da empresa também fazem referência ao "lançamento mal sucedido do
celular Kin, perda de mercado no setor de telefonia móvel e à
necessidade da empresa buscar inovação que permita tirar vantagem de
novos formatos".
O Microsoft Kin, um celular dotado de recursos especiais e dirigido aos
adolescentes, fracassou este ano e teve sua produção cancelada depois de
menos de três meses, em função das baixas vendas.
O sistema operacional Windows para celulares vem perdendo muito terreno
nos últimos anos diante de iPhone, do Google Android e do BlackBerry, da
Research in Motion.
A Microsoft está em quarto lugar no mercado norte-americano de sistemas
operacionais para celulares inteligentes, com menos de 12% do mercado,
de acordo com o grupo de pesquisa comScore.
A empresa também vem atraindo atenção por não ter respondido com rapidez
ao iPad, que vendeu mais de 3 milhões de unidades desde o lançamento,
meses atrás.
Ballmer declarou em junho que computadores tablet acionados pelo Windows
serão lançados tão logo estejam prontos.
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