sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Fracasso com Kin e iPad cortam bônus do presidente da Microsoft

O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, não recebeu bonificação máxima no ano fiscal passado, apesar da companhia ter registrado faturamento recorde. O corte no bônus do executivo ocorreu por erros no segmento de celulares e pela empresa não ter reagido com rapidez suficiente ao iPad, da Apple.
Ballmer, 54, recebeu bonificação em dinheiro de US$ 670 mil relativa ao ano fiscal encerrado em 30 de junho. O valor é igual ao seu salário, mas é apenas metade do bônus máximo, de acordo com documentos apresentados na quinta-feira.
A maior produtora de software do mundo elogiou Ballmer por elevar as vendas em 7%, para o recorde de US$ 62,5 bilhões, por medidas de corte de custos, pelo lançamento das mais recentes versões do Windows e Office e por levar adiante os esforços da empresa nos videogames e na computação em nuvem.
Mas os comentários sobre a remuneração de Ballmer na documentação anual da empresa também fazem referência ao "lançamento mal sucedido do celular Kin, perda de mercado no setor de telefonia móvel e à necessidade da empresa buscar inovação que permita tirar vantagem de novos formatos".
O Microsoft Kin, um celular dotado de recursos especiais e dirigido aos adolescentes, fracassou este ano e teve sua produção cancelada depois de menos de três meses, em função das baixas vendas.
O sistema operacional Windows para celulares vem perdendo muito terreno nos últimos anos diante de iPhone, do Google Android e do BlackBerry, da Research in Motion.
A Microsoft está em quarto lugar no mercado norte-americano de sistemas operacionais para celulares inteligentes, com menos de 12% do mercado, de acordo com o grupo de pesquisa comScore.
A empresa também vem atraindo atenção por não ter respondido com rapidez ao iPad, que vendeu mais de 3 milhões de unidades desde o lançamento, meses atrás.
Ballmer declarou em junho que computadores tablet acionados pelo Windows serão lançados tão logo estejam prontos.

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