A experiência da principal agência de notícias belga de fazer uso do chamado "jornalismo cidadão" resultou em polêmica, após a divulgação da falsa informação de que a rainha Fabíola da Bélgica tinha morrido.
"A história de um incrível deslize provocado pela [...] agência 'Belga'", resumia nesta terça-feira (17) o jornal em francês "Le Soir", que publicou uma matéria intitulada sarcasticamente de "Furo: Fabíola ainda está viva".
A agência inaugurou na segunda-feira (16) um serviço de notícias chamado de "I Have News" ("Eu tenho notícias", em tradução livre), que seus principais clientes começaram a receber junto com as tradicionais.
Esses novos conteúdos vinham do serviço "Ihavenews", criado pela "Belga" inspirado no modelo da rede social virtual Twitter, com o propósito de "não perder nenhuma informação" que qualquer cidadão pode testemunhar.
Através do site www.ihavenews.be, a "Belga" promete enviar "a todas as redações do país" a notícia de qualquer um que tiver "visto ou ouvido algo interessante perto de casa", ou que tenha sido "testemunha de algo mais que um mero fato".
Apesar das precauções, como a obrigatoriedade de se registrar, fornecer o número de telefone e o e-mail, além de ter que aceitar as condições de utilização, um usuário divulgou no sistema uma notícia falsa sobre a morte da rainha belga.
Alguns sites haviam publicado a nota da suposta morte.
Em comunicado, a direção da agência "Belga" se desculpou ontem pelo "mau funcionamento" de seu novo serviço e pela "infeliz informação sobre o falecimento da rainha Fabíola".
Anunciou, ainda, que "a partir de agora" todas as notas procedentes de seu novo serviço "serão previamente filtradas", mas, segundo a imprensa local, não é certo que a experiência sobreviva às críticas.
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