Dúvidas sobre a economia e vendas lentas de computadores estão obscurecendo as perspectivas da Intel e de outros fabricantes de chips para o segundo semestre, enquanto as empresas do setor se preparam para anunciar seus resultados trimestrais, nesta semana.
O desemprego elevado nos Estados Unidos e o risco de uma crise financeira na Europa estão prejudicando a demanda por bens eletrônicos de consumo, e alguns investidores estão preocupados com a possibilidade de que os estoques altos de chips causem desaceleração nos novos pedidos, pelo final de 2011.
Essas preocupações exacerbam o desânimo que o setor de chips ocasionalmente sofre na metade do ano, já que a demanda por microprocessadores cai nas férias, antes de voltar a subir com o retorno às aulas no hemisfério norte e a temporada de festas.
O índice de semicondutores de Filadélfia caiu em 15% desde o final de abril, acima da queda de 4% no índice industrial médio Dow Jones.
A Intel, maior fabricante mundial de chips, enfrenta um impasse junto aos investidores, que acreditam que o alto desemprego nos Estados Unidos e a crescente preferência pelo iPad 2, da Apple, esteja travando a demanda por laptops.
Um trimestre atrás, a Intel superou as projeções de receita e anunciou que antecipava que as vendas mundiais de PCs crescessem "entre 10% e 20%" em 2011, bem acima do consenso dos analistas, afirmando que as projeções independentes desconsideravam os milhões de computadores hoje fabricados por pequenos produtores na China e em outros mercados emergentes.
Mas os investidores continuam céticos e acreditam que a Intel, cujas ações estão sendo negociadas por múltiplo de nove vezes sua receita esperada, se verá forçada a reduzir em cerca de 50% sua projeção de crescimento nas vendas de computadores, se não quando do anúncio dos resultados trimestrais, na quarta-feira (20), então mais tarde neste ano.
A Intel normalmente oferece projeções de receita para o novo trimestre e o ano completo, ao anunciar seus resultados trimestrais.
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