Quando se fala em ciberguerra, um dos pontos críticos da infraestrura de
um país que entra em discussão é o sistema elétrico. E um apagão
causado por pragas virtuais e hackers não é uma realidade distante.
No começo deste mês, Le Xie, professor de engenharia elétrica e da
computação na Texas A&M University, anunciou um estudo em que mostra
ser possível manipular e sabotar usinas.
Xie diz que os sistemas de subestações podem ser invadidos e ter suas
comunicações com o resto do sistema elétrico interceptadas. Assim, dados
falsos poderiam ser injetados na rede para deixá-la instável.
"O nosso sistema elétrico não é suscetível a esse tipo de problema
porque ele usa um sistema fechado, não usa a rede mundial", disse à Folha Ildo Grüdtner, secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia.
Esse sistema funciona quase como uma "internet particular" e não se
comunica com a "internet normal", a rede que qualquer cidadão acessa,
pois se trata de computadores separados. Ele disse, porém, que e-mails e
outras atividades de navegação são feitas na internet.
Mas, baseado no que acontece no resto do mundo, as coisas não parecem
tão seguras assim. O guru em segurança Bruce Schneier acredita que uma
praga do tipo worm causou um apagão nos EUA e no Canadá em agosto de
2003.
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