A BM&FBovespa inicia hoje a negociação de papéis de algumas das empresas mais populares do mundo.
No pregão brasileiro, estreiam papéis da cosmética Avon, dos
restaurantes McDonald's, da farmacêutica Pfizer, do supermercado
Walmart, dos bancos Goldman Sachs e Bank of America, além da petroleira
ExxonMobil e das gigantes tecnológicas Apple e Google.
Também começam a ser negociados os papéis da siderúrgica indiana Mittal, que comprou e fechou o capital da rival Arcelor.
A iniciativa é um dos principais trunfos da BM&FBovespa para se internacionalizar e popularizar o investimento em ações.
SEM PESSOA FÍSICA
Para frustração do pequeno investidor, porém, os papéis não serão
negociados diretamente no "home broker" (internet). Só fundos de
investimento e grandes investidores poderão negociá-los.
Os principais bancos brasileiros e alguns estrangeiros estão estruturando fundos voltados para esses papéis.
A restrição se deve porque os papéis estrangeiros são negociados no
Brasil de forma indireta, por meio de BDRs (Brazilian Depositary
Receipts), uma espécie de "recibo" conversível nas ações negociadas nas
Bolsas de Valores estrangeiras.
É a forma análoga dos ADRs (American Depositary Receipts) de empresas brasileiras como Vale e Petrobras negociados em Nova York.
No caso brasileiro, esses recibos são chamados "não patrocinados" porque
essas empresas não lideraram o trâmite burocrático para ter suas ações
listadas no Brasil.
Essas empresas não publicam balanços em português nem se submetem às regras brasileiras do mercado.
Os bancos Deutsche Bank e Citibank se encarregam de comprar as ações, em
dólar ou euro, nos países de origem. Depois, emitem o recibo em reais
no Brasil.
Para garantir que os negócios com BDRs aconteçam, o segmento terá como
"formador de mercado" a corretora Indusval Multistock. A corretora foi
contratada para dar preço, comprar e vender esses papéis, assegurando
uma liquidez mínima para os investidores brasileiros.
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