terça-feira, 5 de outubro de 2010

Bolsa inicia negociação de Apple e Google

A BM&FBovespa inicia hoje a negociação de papéis de algumas das empresas mais populares do mundo.
No pregão brasileiro, estreiam papéis da cosmética Avon, dos restaurantes McDonald's, da farmacêutica Pfizer, do supermercado Walmart, dos bancos Goldman Sachs e Bank of America, além da petroleira ExxonMobil e das gigantes tecnológicas Apple e Google.
Também começam a ser negociados os papéis da siderúrgica indiana Mittal, que comprou e fechou o capital da rival Arcelor.
A iniciativa é um dos principais trunfos da BM&FBovespa para se internacionalizar e popularizar o investimento em ações.

SEM PESSOA FÍSICA
Para frustração do pequeno investidor, porém, os papéis não serão negociados diretamente no "home broker" (internet). Só fundos de investimento e grandes investidores poderão negociá-los.
Os principais bancos brasileiros e alguns estrangeiros estão estruturando fundos voltados para esses papéis.
A restrição se deve porque os papéis estrangeiros são negociados no Brasil de forma indireta, por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), uma espécie de "recibo" conversível nas ações negociadas nas Bolsas de Valores estrangeiras.
É a forma análoga dos ADRs (American Depositary Receipts) de empresas brasileiras como Vale e Petrobras negociados em Nova York.
No caso brasileiro, esses recibos são chamados "não patrocinados" porque essas empresas não lideraram o trâmite burocrático para ter suas ações listadas no Brasil.
Essas empresas não publicam balanços em português nem se submetem às regras brasileiras do mercado.
Os bancos Deutsche Bank e Citibank se encarregam de comprar as ações, em dólar ou euro, nos países de origem. Depois, emitem o recibo em reais no Brasil.
Para garantir que os negócios com BDRs aconteçam, o segmento terá como "formador de mercado" a corretora Indusval Multistock. A corretora foi contratada para dar preço, comprar e vender esses papéis, assegurando uma liquidez mínima para os investidores brasileiros.

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