segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Novo iPhone vira alvo da indústria pornô

Várias companhias do setor projetam oferecer em breve novos serviços baseados na ferramenta FaceTime do iPhone 4, que permite realizar vídeoconferências de grande qualidade entre usuários do telefone graças a sua câmara de vídeo frontal de 5 megapixels.
"Um sistema baseado no FaceTime seria ainda mais íntimo, mais exclusivo e mais especial para os clientes que já desfrutam de interação com os atores em tempo real", diz Quentin Boyer, diretor de relações públicas da Pink Visual, uma antiga companhia americana de conteúdos para adultos.
"Acreditamos que a possibilidade de falar em vez de simplesmente mandar mensagens é muito mais atrativa", acrescentou.
A vantagem do iPhone 4 em relação aos tradicionais vídeos de conteúdo para adultos na rede é clara: o cliente não precisa estar diante de seu computador para ter acesso a eles, pode interagir com os atores pornô em tempo real e inclusive manter uma conversa.
Na principal página de classificados dos EUA, já podem ser encontrados anúncios que buscam modelos para trabalhar em serviços de vídeos eróticos via FaceTime. Algumas exigências incluem um iPhone 4 de graça -- a ferramenta de trabalho -- como parte da oferta de emprego.
Com mais de 3 milhões de telefones vendidos no mundo todo, o iPhone 4 se tornou mais um sucesso de público da Apple, mesmo com os problemas de recepção de sua antena, que representaram uma enorme dor de cabeça para Steve Jobs e seus engenheiros nas últimas semanas.
Ainda não se sabe se os serviços pornográficos se tornarão também uma pedra no sapato da Apple, que sempre se manteve afastada dos conteúdos eróticos.
Em fevereiro a companhia retirou de sua loja online iTunes milhares de aplicações de conteúdo supostamente para adultos, argumentando que o número de queixas recebidas, especialmente de mulheres e pais preocupados, tinha aumentado consideravelmente.
Com isso, deixaram de ser comercializadas aplicações extremamente populares, como Wobble iBoobs, que permitia escolher fotos de mulheres em biquíni, marcar partes de seu corpo e fazer com que estas partes tremessem a cada vez que o iPhone era agitado.
Outras desapareceram, apesar serem na realidade bastante inocentes ou se tratarem simplesmente, de programas que permitiam acesso à rede e, portanto, uma entrada a conteúdo potencialmente perigoso.

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