O prazo para que a fabricante do BlackBerry forneça ao governo indiano
meios para rastrear e acessar seus serviços de e-mail e mensagens --que
as autoridades do país temem possam ser empregados de maneira indevida
por militantes, criando instabilidade política-- se esgota em 31 de
agosto.
Os problemas enfrentados pelo BlackBerry na Índia, que poderiam eliminar
a RIM de um dos mercados de telefonia móvel com crescimento mais rápido
no planeta, representam a mais recente dor de cabeça da empresa em todo
o mundo.
"Haverá deliberações por dois dias, e uma decisão final será tomada na
segunda-feira," disse um importante funcionário do Ministério do
Interior indiano à Reuters. Uma fonte da RIM confirmou a reunião.
"Esperamos que eles ofereçam alguma solução," acrescentou o funcionário do ministério.
Na semana passada, a Índia anunciou que permitiria que o serviço de
mensagens do BlackBerry fosse mantido para além do prazo de 31 de
agosto, depois que a RIM assegurou à Índia acesso manual a mensagens
instantâneas a partir de 1 de setembro e acesso automatizado a partir de
novembro.
O governo reiterou na quinta-feira que fechará o serviço de e-mail seguro da RIM caso não seja encontrada uma solução.
"Caso não seja oferecida uma solução, os serviços que não puderem ser
interceptados e monitorados em formato legível podem ser proibidos pelo
governo," disse Sachin Pilot, ministro assistente das Telecomunicações
indianas.
O fechamento afetaria 1 milhão de usuários do BlackBerry na Índia, entre
os 41 milhões de usuários desses aparelhos no mundo, permitindo que
fossem utilizados apenas para telefonemas e navegação na Internet.
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