Os prejuízos do setor bancário com fraudes eletrônicas somaram cerca de
R$ 450 milhões no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados da
Febraban (Federação Brasileiro de Bancos). Se o valor for mantido na
segunda metade de 2010, pode chegar a um total de R$ 900 milhões em 12
meses.
De acordo com a Federação, os investimentos em segurança na internet
somaram R$ 1,94 bilhão nos seis primeiros meses do ano.
Em seminário on-line nesta terça-feira, a Febraban, em parceria com a
ACSP (Associação Comercial de São Paulo), a Fecomercio-SP (Federação do
Comércio) e a OAB-SP (Ordem dos Advogados de São Paulo), discutiu a
aplicação das leis sobre os crimes eletrônicos.
De acordo com a Federação, na falta de uma legislação específica,
integrantes de quadrilhas detidos nas operações das Polícias Civil e
Federal dificilmente ficam presos por um longo período.
"Depois de 10 anos de debates do Projeto de Lei 84/99, há questões
bastante maduras e que podem ser votadas", afirmou o deputado federal
Julio Semeghini, relator do projeto na Câmara dos Deputados, já aprovado
pelo Senado e que tipifica crimes eletrônicos, tais como invasão, com
violação de segurança, a sistemas computacionais protegidos, obtenção de
dados com invasão de sistemas computacionais, inserção ou difusão de
códigos maliciosos e estelionato eletrônico entre outros.
"Hoje, devido à ausência de lei, os criminosos são muito beneficiados",
disse Cesar Faustino, coordenador da subcomissão de Prevenção a Fraudes
Eletrônicas, segundo a Febraban.
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