Julayna Smith tem um problema. Ao longo dos anos, acumulou oito
celulares para tentar se manter em dia com os modelos mais atualizados.
Seu namorado também formou uma pequena pilha pessoal de BlackBerrys.
"Não faço ideia de quem devo procurar para reciclar um celular. Nem sei por onde começar," disse.
Smith, 22 anos, de Duluth, Minnesota - EUA, não está sozinha.
Estados, cidades e grupos de defesa do consumidor norte-americanos estão
cada vez mais em busca de uma solução federal para o problema de como
eliminar mais de 2 milhões de toneladas de aparelhos eletrônicos usados a
cada ano.
Centenas de milhares deles são produzidos anualmente a fim de atender a
demanda pelos mais recentes celulares inteligentes, laptops ou
televisores.
As residências norte-americanas, em média, contêm 25 produtos
eletrônicos, de acordo com a Consumer Electronics Association. Mas sua
reciclagem é regulamentada principalmente pelos governos estaduais e
locais, e as regras podem mudar de um lugar para o outro, o que causa
confusão tanto para os consumidores quanto para qualquer empresa que
fabrique e venda produtos eletrônicos.
Ao reciclar, Smith e pessoas como ela poderiam ajudar a recuperar
valiosos recursos, como ouro e platina de uso comum em muitos
eletrônicos, e ajudariam a eliminar de maneira apropriada metais
tóxicos, como o chumbo e o mercúrio, que também são usados em
eletrônicos e podem contaminar o solo caso descartados de maneira
imprópria.
"Os Estados estão desenvolvendo seus requerimentos próprios para
reciclagem de eletrônicos porque nada foi implementado em nível
federal," diz Ken Reisinger, que supervisiona a gestão de resíduos, ar e
radiação no departamento de proteção ambiental da Pensilvânia.
A Pensilvânia é um dos 27 Estados norte-americanos que no momento não
têm legislação para a reciclagem de eletrônicos, embora possa em breve
deixar esse grupo caso aprove um projeto de lei exigindo que os
fabricantes paguem uma taxa anual e estabeleçam postos de coleta
gratuita.
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