O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) vai atingir cem cidades em 2010, levando a esses municípios o que se chama tecnicamente de "backhaul" (a infraestrutura básica que permite acesso a internet, mas não chega ao consumidor final).
Entre essas cidades estão Brasília e mais 15 capitais.
Nessa primeira etapa, serão usados 11.357 km da rede de fibras óticas do governo.
Em 2014, serão 25 capitais, com 30.803 km de fibras.
De acordo com o plano, o acesso será oferecido "preferencialmente em parceria com o mercado" e usando, principalmente, a tecnologia sem fio (3G, terceira geração).
O Plano Nacional de Banda Larga, cujo objetivo é massificar o acesso à internet no país a preços menores que os praticados atualmente pelo mercado, está em discussão governamental desde o ano passado.
Para isso, houve intensa discussão sobre a adoção da Telebrás como gestora do programa --as ações da estatal dispararam, conforme revelou a Folha. Isso levou a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a pedir explicações ao governo.
A Telebrás ficará responsável por "implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal, prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão de internet em banda larga para universidades, centros de pesquisas, hospitais e postos de atendimento", além de prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas e prestar serviço de conexão à internet em banda larga para usuários finais nas localidades onde não exista oferta adequadas desses serviços.
A escolha da Telebrás foi uma vitória da Casa Civil e Ministério do Planejamento, que defendiam o uso da estatal no programa, enquanto o Ministério das Comunicações era contra. A pasta, comandada pelo PMDB, queria entregar a gestão do plano para as empresas privadas.
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