O Facebook anunciou as modificações na configuração da privacidade nesta sexta-feira (28). O anúncio foi feito no próprio site de relacionamentos, juntamente a uma carta aberta do executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg.
Embora a visualização das opções privativas esteja mais fácil, o site ainda traz uma polêmica recomendação de configuração --na qual indica ao usuário que itens como status, fotos e publicações sejam vistos até mesmo por usuários que não figuram na lista de amigos do perfil.
A reforma do Facebook se sustenta em dois eixos fundamentais: reduzir o número de configurações necessárias para fazer todas as informações privadas --de quase 50 para menos de 15; e a diminuição do número de páginas separadas das definições de privacidade (de 13 para oito).
Para ver o que está acessível ou não a usuários que não estejam na lista de amigos, basta ir ao menu Conta (canto superior direito do site), no qual se encontra a opção Configurações de Privacidade.
Mesmo com todo o imbróglio sobre o assunto, até a publicação da reportagem, o site não havia mudado a política de privacidade, cuja data da última revisão é 22 de abril de 2010 (veja aqui).
Na semana passada, o diário econômico "The Wall Street Journal" informou que o Facebook e outras redes sociais têm enviado dados para companhias de publicidade, com os quais é possível localizar nomes de consumidores e outros detalhes pessoais --o que contraria as promessas de que os sites não compartilham informações sem consentimento.
Sobre isso, contudo, o site faz um adendo hoje: "nós nunca compartilhamos suas informações pessoais com nossos anunciantes. A segmentação de anúncios do Facebook é feita de maneira totalmente anônima. Se anunciantes selecionarem um direcionamento demográfico para seus anúncios, o Facebook automaticamente combina tais anúncios com o público adequado. Anunciantes recebem apenas relatórios de dados anônimos."
Zuckerberg vs. púlpito
Cada vez mais pressionado, Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, escreveu uma carta aberta aos usuários, que vem acompanhada de um vídeo (veja aqui, em inglês) detalhando as mudanças.
Após 55 minutos, cerca de 1.800 comentários haviam sido feitos na publicação -grande parte dos usuários estava confusa com as modificações, ou detratando a nova forma de privacidade.
"blá blá blá Agora estou ainda mais confuso depois de ver este vídeo", disse um usuário dos Estados Unidos.
"As novas configurações estão funcionando muito bem para mim. Tudo que você tem a fazer é se certificar-se do bloqueio [amigos], [amigos dos amigos] ou [todos], antes de publicar", afirmou uma internauta.
Outra usuária pediu que o site tivesse um serviço de atendimento ao cliente. "(...) Um número de telefone do cliente para receber chamadas se tiver dúvidas, preocupações e se quisesse ajuda para saber como operar algo no Facebook".
Na longa carta que escreveu, Zukerberg aproveita para tecer um desabafo.
"Acabo de completar 26 anos há poucos dias. Comecei o Facebook quando eu tinha 19 anos e é incrível olhar para trás, como ele evoluiu. (...) Cada vez que fazemos uma mudança que tenta aprender com lições do passado, e em cada vez, nós cometemos novos erros também. Estamos longe de sermos perfeitos, mas tentamos sempre o mais difícil: construir o melhor serviço para você e para o mundo."
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