segunda-feira, 24 de maio de 2010

Samsung e Sony devem discutir acordo sobre TV 3D

Poucos dias depois de anunciar uma parceria com o Google para internet em televisores, o presidente-executivo da Sony deve se reunir com a rival Samsung Electronics a fim de discutir possíveis alianças, como parte do esforço da fabricante japonesa de bens eletrônicos de consumo para tirar sua divisão de televisores do vermelho e cumprir metas agressivas de vendas.
A reunião sigilosa que acontece nesta segunda-feira entre Howard Stringer, presidente-executivo da Sony, e Lee Kun-hee, presidente-executivo da Samsung, é a primeira desde que Lee retornou à presidência do conselho da gigante tecnológica sul-coreana, em março.
A Sony descreveu o encontro como uma de suas reuniões regulares e tradicionais com a Samsung, de quem é sócia em uma joint venture para fabricação de telas planas.
A reunião é vista pela maioria dos analistas como um esforço da Sony para resolver o problema da escassez de telas LCD para televisores, mas a Samsung pode também buscar alianças com a Sony para o estabelecimento de um padrão comum de tecnologia 3D, o próximo grande avanço em que muitas das empresas do setor apostam.
"O objetivo principal é a reconstrução e consolidação do relacionamento da Sony com a Samsung, porque a estratégia de diversificar fornecedores de painéis, recorrendo a empresas como a Sharp, não garantiu um suprimento contínuo", disse Ricky Seo, analista da KB Investment & Securities.
"Assim, é como se a Sony estivesse voltando a buscar mais cooperação, já que precisa que a Samsung atenda à agressiva promoção de sua divisão de televisores, especialmente no fornecimento de painéis avançados para a produção de televisores 3D", acrescentou.
Depois que retornou ao comando da divisão mais importante do grupo Samsung, Lee revelou um plano de investimentos recorde, no valor de US$ 16 bilhões, o que inclui US$ 4,2 bilhões de dólares para telas LCD e a primeira linha de produção de chips nos últimos cinco anos, na Samsung.
Lee havia deixado o posto quase dois anos atrás, condenado por sonegação de impostos, mas posteriormente foi perdoado pelo presidente sul-coreano.

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