Três legisladores dos Estados Unidos querem que o Google informe qual volume de dados pessoais a companhia de buscas e publicidade na internet recolheu como parte de seu projeto de fotografar ruas em todo o país, e como ela planeja utilizar essas informações.
Os legisladores também querem saber se as pessoas foram informadas de que dados estavam sendo recolhidos, como parte do projeto Street View.
"De acordo com uma reportagem, o Google recolheu mais de 600 Gbytes de informações sobre redes Wi-Fi, em mais de 30 países", afirmava a carta endereçada ao presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, e assinada pelos deputados federais Joe Barton, republicano, e Henry Waxman, democrata, ambos da Califórnia; e pelo democrata Edward Markey, de Massachusetts.
"Esses dados podem presumivelmente incluir e-mails pessoais, informações sobre saúde e dados financeiros", escreveram eles na carta, datada de 26 de maio.
Os congressistas mencionaram uma entrada no blog do Google, alguns dias atrás, na qual a empresa havia equivocadamente recolhido dados de Wi-Fi de redes de internet desprotegidas por senhas, enquanto trabalhava no Street View.
"Estamos preocupados por o Google não ter revelado até bem depois do acontecido que o uso da internet pelos consumidores estava sendo registrado, analisado e talvez categorizado individualmente", escreveram os legisladores. "Estamos preocupados quanto à abrangência e a precisão das explicações públicas do Google quanto ao assunto."
O Google usa frotas de carro há muitos anos, em muitos países, para registrar imagens panorâmicas de ruas. As pessoas que usam o atlas on-line da empresa em busca de endereços e rotas podem em muitos casos ver as fotografias recolhidas pelo projeto Street View e classificadas por endereço.
A coleta de dados sobre redes Wi-Fi não se relacionava ao projeto de mapeamento, e foi conduzida para que o Google dispusesse de dados sobre pontos de acesso Wi-Fi, para serviços separados também baseados na localização dos usuários.
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