ráticas sexuais e sociais que envolvem dominação e submissão vão além da gratificação sexual do usuário no Second Life, segundo a professora Shaowen Bardzell, especializada em computação sociocultural, da Universidade de Indiana.
Para ela, praticantes de BDSM (sigla em inglês para se referir a relações sexuais e sociais que envolvem amarrar o parceiro, bem como dominação, disciplina e sadomasoquismo) do mundo virtual usam essas práticas para se expressar e encontrar sua identidade on-line.
Em trabalho publicado no "Journal of Virtual Worlds Research", Bardzell defendeu a fantasia BDSM no Second Life como "muito mais que um passatempo sexual". Ela passou dois anos observando fotos de perfis públicos dos praticantes do que ela define como uma "subcultura" do Second Life.
Com a análise das imagens, Bardzell disse perceber que o BDSM e sua forte estética -marcada por elementos como couro e tatuagens- permitem que os praticantes expressem fatores como atitudes em relação aos seus corpos e padrões de beleza.
Além disso, a professora relaciona essa forma de expressão com temas como intimidade e formação de identidade: "Esses são fatores poderosos para os participantes dos mundos virtuais, que enfrentam a assustadora tarefa de descobrir quem são no mundo on-line." Ainda assim, ressalva, as imagens não deixam de refletir certas normas da subcultura.
A professora Bardzell também disse ter percebido o poder de uma subcultura em um mundo virtual, estudando o BDSM. Ela diz que esse tipo de manifestação social tem a capacidade de "encubar inovação" em um sistema em que boa parte do conteúdo é criada pelo usuário.
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