As mudanças implementadas pelo Facebook para exportar a diversos sites seus recursos de redes sociais podem reforçar as operações publicitárias da empresa e criar ameaça crescente aos gigantes que reinam sobre a publicidade on-line.
O Facebook, com mais de 400 milhões de usuários registrados, é o maior site dos Estados Unidos pelo critério de páginas visitadas, de acordo com a comScore. Mas seu papel no mercado de publicidade ainda é relativamente pequeno; nesse aspecto, as operações de publicidade vinculada a buscas do Google ainda dominam.
Com a nova iniciativa para expandir atividades para além dos limites do Facebook.com, porém, o Facebook criou a estrutura para uma nova geração de anúncios altamente personalizados.
O chamado projeto Open Graph combina as capacidades de redes sociais do Facebook de forma direta a sites de terceiros. Um visitante do site da CNN, por exemplo, poderia clicar em um botão de "gostar" em determinados artigos noticiosos, e verificar quais de seus amigos no Facebook aprovam o conteúdo desses outros sites.
"Ter todos esses dados e todo esse tempo dos consumidores certamente vai posicionar o Facebook de forma muito favorável entre os anunciantes on-line", disse Augie Ray, analista do Gartner Group.
Na primeira semana, 50 mil sites assinaram para oferecer recursos do Facebook em suas páginas, de acordo com a companhia. O botão de aprovação foi usado mais de 1 bilhão de vezes por visitantes de outros sites, nas primeiras 24 horas de operação.
Toda essa atividade social expande consideravelmente o acervo de dados do Facebook sobre seus usuários --informações que podem tornar os anunciantes mais capazes de direcionar aos usuários publicidade calculada com base em interesses ou traços específicos.
"O campo no qual o Facebook agora pode jogar se expandiu de dez metros para um campo de futebol completo", disse Michael Lazerow, presidente-executivo da Buddy Media, uma empresa que ajuda companhias a veicular publicidade no Facebook.
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