segunda-feira, 3 de maio de 2010

China faz campanha contra "forças hostis estrangeiras" na internet

O governo chinês aumentará o controle da "informação nociva" na internet que provém de "forças hostis" estrangeiras, informou a imprensa oficial nesta segunda-feira (3).
O diretor do escritório de informação do conselho de Estado (Executivo chinês), Wang Chen, advertiu a intensificação do acompanhamento das páginas estrangeiras "que querem infiltrar-se [na China] por meio da internet".
"Aumentaremos o bloqueio de informação nociva de fora da China para prevenir a disseminação e resistir à penetração de forças hostis estrangeiras", declarou.
O responsável chinês não detalhou como será a atuação, se limitou apenas a revelar que as penas pelos crimes pela internet serão maiores.
Pequim sempre defendeu que sua política de gestão cibernética quer prevenir os conteúdos "inapropriados", destacando a pornografia, a violência, as apostas e a fraude.
Neste sentido, Wang lembrou 5.510 suspeitos foram detidos em 2009.
O gigante asiático é o país com maior número de internautas do mundo (404 milhões).
Apesar disso, é a nação onde os conteúdos na rede são mais censurados.
Milhares de páginas estão bloqueadas na China, entre estas Twitter, Facebook e YouTube, assim como as de conhecidas ONGs dedicadas aos direitos humanos como Anistia Internacional (AI) e Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Além disso, inúmeros locais com implicações políticas sensíveis para a China como o Tibete e Taiwan também não são acessíveis a partir de computadores desse país.
O governo chinês manteve no começo do ano uma polêmica com a multinacional americana Google, com relação à censura aplicada nas buscas, o que levou ao fechamento da versão em mandarim do maior buscador do mundo.

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