O setor de tecnologia da informação deve dobrar sua relevância na
economia brasileira nos próximos 11 anos, mas ainda deverá ficar atrás
dos países-referência no ramo, como a Índia.
A área, que inclui venda de software, hardware e serviços de tecnologia,
movimenta hoje US$ 85,7 bilhões e deverá chegar a US$ 200 bilhões em
2022, segundo estimativas da Associação Brasileira de Empresas de
Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
O setor, que representa 4% do PIB nacional atualmente deverá crescer
dois pontos percentuais, chegando a 6% no período. Apesar do avanço, o
Brasil ainda permanecerá distante da Índia, principal referência para a
exportação de serviços em tecnologia.
Naquele país, só os serviços de terceirização representam hoje 7% da
economia e deverão chegar a US$ 280 bilhões já no ano que vem.
Hoje o Brasil exporta US$ 2,4 bilhões em serviços de tecnologia, e
poderá atingir US$ 200 bilhões nas perspectivas mais otimistas nos
próximos 11 anos.
US$ 1 TRILHÃO DE OPORTUNIDADES
Durante o primeiro dia do fórum "Brazil in 2022: Ordem e Progresso",
realizado pela revista The Economist em São Paulo, integrantes da
Brasscom apontaram ainda ser necessário o país se preparar para
aproveitar cerca de US$ 1 trilhão em oportunidades que vão surgir ao
longo dos próximos anos na economia mundial.
"Existem oportunidades em inovação, infraestrutura, competitividade e
ainda em setores específicos como tecnologia limpa. Quem pode aproveitar
principalmente essas oportunidades? Principalmente a América Latina e a
região da Ásia e Pacífico", disse Antonio Gil, presidente da Brasscom.
Segundo Gil, a formação de mão-de-obra especializada poderá ajudar a
perseguir o objetivo de aumentar a participação do setor na economia.
"Ao longo dos cinco anos 110 mil brasileiros receberão bolsas de estudo
do governo para estudar questões referentes a tecnologia e isso já é um
passo importante para a formação de capital humano, essencial para
desenvolver o setor", disse.
O evento da Economist acontece até amanhã em São Paulo e discutirá perspectivas para a economia brasileira até 2022.
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