China e Rússia estão usando espionagem cibernética para roubar segredos
comerciais e de tecnologia norte-americanos a fim de estimular seu
desenvolvimento econômico, e representam ameaça à prosperidade e
segurança dos Estados Unidos, de acordo com um relatório de inteligência
norte-americano divulgado nesta quinta-feira (3).
Existem tantas informações e pesquisas sigilosas nas redes de
computadores que intrusos estrangeiros podem recolher imensa quantidade
de dados rapidamente e com baixo risco, porque suas atividades são
difíceis de detectar, afirma o relatório ao Congresso, intitulado
"Espiões Estrangeiros Roubam Segredos Econômicos dos EUA no
Ciberespaço."
O relatório do Office of the National Counterintelligence Executive para
o período 2009-2011 inclui dados dos serviços de informações, do setor
privado, de organizações de pesquisa e das universidades.
Serviços de inteligência, empresas e indivíduos estrangeiros ampliaram
seus esforços para roubar tecnologias cujo desenvolvimento custou
milhões de dólares aos EUA. Os métodos utilizados incluem extrair
informações remotamente, direto da rede; carregar informações em um
aparelho portátil; e transmiti-las via e-mail.
"No passado, os espiões roubavam informações de pastas de arquivos;
agora as roubam com pen drives", disse um importante líder dos serviços
de inteligência norte-americanos.
"Nossa pesquisa e desenvolvimento estão sob ataque", acrescentou.
Serviços de inteligência, empresas privadas, instituições acadêmicas e
cidadãos de dezenas de países tomam os EUA por alvo de espionagem,
afirma o estudo, mas só menciona diretamente a China e a Rússia.
"Agentes chineses são os mais ativos e persistentes perpetradores de espionagem econômica", segundo o relatório.
Embora empresas norte-americanas já tenham reportado intrusões
cibernéticas originadas da China, os serviços de informações não
conseguem confirmar quem está por trás delas, segundo o relatório.
Quando questionado sobre provas inegáveis de que a China está conduzindo
espionagem cibernética contra os EUA, o dirigente de inteligência não
revelou detalhes publicamente. "Mas não tiramos essa informação do
nada", disse.
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