Equipar celulares baratos com versões mais antigas do sistema
operacional Android, do Google, pode elevar em até US$ 2 bilhões os
custos das operadoras de telefonia móvel com reparos de aparelhos,
aponta um estudo da WDS, uma companhia de serviços do setor de telefonia
móvel.
Falhas caras de software são mais comuns em aparelhos equipados com o
Android do que nos Apple iPhone ou nos BlackBerry da Research in Motion,
empresas que tem controle elevado sobre os componentes usados em seus
produtos, apontam os dados da WDS.
Modelos Android mais baratos, com custo de produção da ordem de apenas
US$ 100, ajudaram a plataforma a se tornar dominante no segmento de
celulares inteligentes, atraindo dezenas de fabricantes que variam da
sul-coreana Samsung Electronics a fabricantes asiáticos sem marca.
"Embora o preço pareça atraente, quando você considera o custo total de
propriedade do aparelho a história muda", disse Tim Deluca-Smith,
vice-presidente de marketing da WDS, que opera centrais terceirizadas de
assistência para o setor de telecomunicações.
A participação do Android no mercado de celulares inteligentes subiu a
57% no terceiro trimestre, ante 25% no ano anterior e apenas 3% dois
anos atrás em função do sucesso de modelos criados por Samsung, HTC e
Sony Ericsson, de acordo com o grupo de pesquisa Canalys.
Deluca-Smith disse que, embora o Android tenha ajudado a popularizar o
uso de celulares inteligentes, isso acarreta certo custo, especialmente
quando as operadoras oferecem aparelhos mais baratos e de marcas menos
conhecidas.
"No momento, o Android tem algo de faroeste", disse.
Em sua avaliação, o retorno de um celular à operadora para assistência
técnica custa em média 80 libras, incluindo serviços, transporte e o
custo de substituição do aparelho.
O estudo se baseia em 600 mil pedidos telefônicos de assistência técnica
atendidos pela WDS na Europa, América do Norte, África do Sul e
Austrália.
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