O VKontakte e o Yandex --mais conhecidos no exterior, respectivamente, como as versões russas do Facebook e do Google-- não apenas se mantêm na liderança da audiência em seus ramos no país, como também têm investido, nos últimos meses, na ampliação de sua parcela do mercado fora da "Runet", como é chamada a internet na Rússia e em países russófonos, sobretudo na CEI (Comunidade dos Estados Independentes).
Ainda neste mês, a principal rede social russa mudará definitivamente de domínio, de VKontakte.ru para vk.com. A medida faz parte de uma estratégia de ampliação global do site, que já tem cerca de 135 milhões de contas registradas e é a maior rede social da Runet --ocupa primeiro na categoria na Rússia, segundo na Belarus e terceiro na Ucrânia e no Cazaquistão.
A popularidade do VK é tão grande que é praticamente impossível a um estrangeiro se imiscuir na sociedade local sem fazer parte do site.
"Quase ninguém na Rússia usa Facebook", afirma o estudante de medicina da Universidade Russa da Amizade dos Povos Arthur Mota, 23.
Segundo o brasileiro, que vive há quatro anos em Moscou, os colegas de faculdade postam na rede fotos de conferências, apresentações em PowerPoint e vídeos de aulas que ficam acessíveis apenas no VKontakte.
"Eu uso o VKontakte porque tem um monte de material que só dá para achar por lá, mas principalmente por causa da inclusão com os russos", explica.
Já o Yandex, que abriu sua IPO (oferta pública inicial) em maio deste ano depois de arrecadar US$ 1,3 bilhão --a maior IPO global de tecnologia do ano até então--, tem na Rússia quase o triplo da parcela de mercado de seu maior concorrente, o Google.ru.
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