A japonesa Fujifilm pretende se tornar a quarta maior fabricante de câmeras do mundo em março no ano que vem e a terceira maior dois anos depois, superando primeiramente a Samsung e depois a Nikon, disse um executivo da companhia.
Até recentemente conhecida por modelos baratos, a Fujifilm pode entrar novamente no mercado mais lucrativo de lentes intercambiáveis para câmeras, do qual saiu em 2004, disse em entrevista à Reuters o diretor da unidade de câmeras da empresa, Takeshi Higuchi, nesta segunda-feira (4).
O lançamento de uma câmera sem espelho, que possui um visor eletrônico, responsável por deixá-la mais leve e mais compacta que uma câmera profissional reflex de lente fixa, ampliaria os esforços da Fujifilm de subir de posição no mercado e a colocaria em competição direta com a Sony.
Higuchi insistiu que a companhia não teria problemas em desenvolver por conta própria uma câmera sem espelho ou as lentes intercambiáveis, negando a possibilidade de outra aquisição no setor.
Na semana passada, a fabricante de máquinas copiadoras Ricoh, que também possui uma unidade de câmeras compactas, anunciou a compra da unidade de câmeras da Hoya, a Pentax.
A Fujifilm, que produz uma variedade grande de produtos, de equipamentos médicos a cosméticos, mal conseguiu manter suas despesas iguais às receitas no ano passado, mas Higuchi pretende dar força ao negócio este ano com cortes nos custos de produção e maiores esforços de marketing, o que, segundo ele, manterá altos os preços dos produtos da unidade.
"Podemos fazer todo o desenvolvimento de produtos importantes internamente, e podemos usar isso para cortar custos, mas não temos uma marca de alto nível", disse Higuchi. "Debatemos o por que disso, e a conclusão é que devemos lançar modelos de luxo e gastar mais em publicidade para melhorar a marca".
Atualmente, a Fujifilm está na quinta posição do mercado de câmeras, atrás de Canon, Sony, Nikon e Samsung.
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