Como seria o Facebook sem as fotos de baladas e as histórias de gatas mal comportadas? Talvez se parecesse muito com a rede social interna dos escritórios da Nikon Instruments.
O tom é empresarial, enquanto os funcionários trocam mensagens sobre pedidos de clientes e negócios fechados. E a regra é: "se não quer que o presidente da empresa veja, não publique", disse John G. Bivona, diretor de relações com o cliente da Nikon Instruments, que faz microscópios.
Enquanto as redes sociais dominam cada vez mais as comunicações na vida privada, empresas de todos os tamanhos --desde pequenas novatas até companhias médias como a Nikon ou gigantes como a Dell-- estão adotando-as no local de trabalho. Embora seja difícil quantificar as companhias que usam redes sociais internas, várias empresas de software corporativo perceberam a oportunidade e oferecem vários sistemas, alguns de graça, outros que cobram uma taxa por usuário.
Mesmo assim, pode ser difícil transportar as práticas e os costumes das redes sociais para o escritório. Apesar de as empresas deixarem claro nos manuais de etiqueta como se devem usar as redes, ocorrem erros. Um funcionário da Nikon avisou que havia torta de maçã na cozinha, apesar de os colegas de outros escritórios não poderem compartilhar.
Manter postagens relevantes é importante para o sucesso das redes sociais empresariais, dizem os gerentes dessas redes. Conversas banais só levarão as pessoas a ignorar o serviço.
Por outro lado, os funcionários de escritórios distantes podem usar a rede para que sejam notados de uma maneira que de outro modo seria impossível. Por exemplo, na Symantec, a companhia de segurança de computadores, um vendedor em Dubai formou grupo de seguidores oferecendo dicas de vendas. Colegas de todo o mundo contribuem com conselhos.
Outra questão é como proteger os segredos empresariais. Os sistemas são montados de modo que as companhias determinam quem vê determinados arquivos e quem pertence a grupos específicos na rede. Mas ainda surgem problemas sobre onde os dados são armazenados. Alguns provedores de rede social usam seus próprios servidores. As companhias que oferecem redes sociais responderam às preocupações enfatizando sua segurança.
Um dos maiores provedores de redes sociais corporativas é o Salesforce.com, baseado em San Francisco. Ele destaca que 80 mil empresas usam sua rede social corporativa, a Chatter, contra cerca de 10 mil um ano atrás.
Scott Lake, diretor de marketing VIP da Caesars Entertainment, o cassino gigantesco de Las Vegas, disse que sua equipe usa o Chatter para coordenar e promover eventos. Perguntas e respostas são visíveis para todos os membros do grupo. Fazer a mesma coisa por e-mail seria incômodo ou mesmo impossível.
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