sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dedicação a games exige insensatez, diz criador de Fable

Alguns dos "insensatos" que desejam se dedicar ao mundo dos videogames receberam uma autêntica lição profissional de Peter Molyneux, criador da série de jogos Fable, que participou na quinta-feira (30) da Gamelab, feira de jogos eletrônicos realizada em Barcelona.
Molyneux, responsável pela introdução da inteligência artificial nos videogames, disse em entrevista à Efe que, para se dedicar a essa indústria, é preciso ser "insensato" e estar disposto "a ter fé em suas próprias ideias", que podem demorar, pelo menos, dois anos para dar resultado.
O desenvolvedor está finalizando a terceira parte da saga Fable, já batizada de The Journey, que utilizará o sensor de movimentos Kinect para permitir aos jogadores usar suas próprias mãos para, por exemplo, criar as magias do personagem protagonista e tomar as rédeas de um cavalo.
Após a primeira exibição do jogo na feira E3, em Los Angeles, semanas atrás, começou a enxurrada de críticas na internet. "O que mostramos é uma parte diminuta. O setor está cada vez mais profissionalizado, a área de relações públicas não te deixa contar tudo e, com o pouco que pode ser exibido, o público não pode ter uma ideia das características do jogo", justificou Molyneux.
Celulares e tablets como plataforma de jogo, a nova geração de consoles liderada pelos lançamentos do PlayStation Vita e do Wii U e um mercado cada vez mais inclinado à rede parecem ameaçar as normas estabelecidas há anos no setor do entretenimento digital interativo.
Molyneux sorri e decreta: "Não importa se o jogo está em rede ou se é um jogo social, o objetivo é sempre entreter".

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