quinta-feira, 2 de junho de 2011

EUA classificam suposto ataque chinês ao Google de "muito sério"

O governo dos Estados Unidos se apressou em avaliar nesta quinta-feira (2) se sua segurança havia sido comprometida após o Google divulgar a ocorrência de um ataque hacker que teve autoridades norte-americanas como alvos e que, segundo a empresa, teria vindo da China.
"Essas alegações são muito sérias", afirmou a secretária de Estado Hillary Clinton.
"Levamos isso muito a sério; estamos as avaliando [as alegações]", disse Hillary a jornalistas um dia após a empresa afirmar que bloqueara um ataque hacker cuja meta era roubar senhas de centenas de usuários de contas de e-mail do Google, incluindo importantes autoridades do governo dos EUA, ativistas chineses e jornalistas.
O anúncio do Google alimenta o debate em Washington sobre as intenções da China no ciberespaço, que os EUA identificam como um possível sinal de conflitos no futuro.
Nem o Google nem o governo norte-americano afirmaram que o governo chinês estava por trás dos ataques. O Google disse somente que o ataque, aparentemente, havia se originado na China.
Pequim, no entanto, reagiu agressivamente à acusação, afirmando ser "inaceitável" culpar Pequim e dizendo que as alegações de que a China apoia hackers são infundadas e "têm motivos ocultos".
Hillary disse que o Google relatou a situação ao Departamento de Estado antes de fazer seu anúncio na quarta-feira (1º), e que o FBI está realizando investigações em parceria com o Google.
Autoridades norte-americanas, falando em anonimato, disseram não haver indícios de nenhuma falha de segurança, notando que funcionários do governo foram instruídos a não usar contas privadas para discutir assuntos confidenciais. Alguns órgãos do governo dos EUA, como a Securities and Exchange Commission, impedem que funcionários acessem contas privadas.
A Casa Branca informou ainda que não tem motivos para acreditar que e-mails oficiais do governo norte-americano tenham sido hackeados no incidente do Google.
No entanto, o governo irá checar se as contas privadas de autoridades foram atingidas, afirmou uma autoridade, falando em condição de anonimato.

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