Nos últimos anos, avanços na arquitetura da rede e na maneira de criar aplicações fizeram com que a internet dominasse o universo das redes de computadores e aumentasse o número de serviços que podemos usar pela rede. Essa nova web, a 2.0, propôs uma nova maneira de armazenar os dados, possibilitando que aplicações e dados pudessem rodar em servidores à distância.
Mas, se nem todas as empresas cobram pelo acesso aos serviços ou pelo uso do espaço, que vantagem levam ao guardar nossos dados e fornecer os aplicativos?
A vantagem e o interesse dessas companhias estão no fato de terem acesso privilegiado aos padrões de uso que fazemos em suas plataformas, já que, ao navegar, deixamos rastros que podem ser analisados por potentes algoritmos. Quando usamos o Facebook, por exemplo, navegamos por comunidades, expressamos opiniões e vontades, além de informarmos dados como filmes de nossa preferência, idade e e-mail.
Esses tipos de conteúdo podem ser analisados e mostram para as empresas informações sobre nossos gostos, por exemplo. Assim, as companhias podem nos indicar algo apropriado e lucrar pelo serviço de intermediação.
Mas nossas informações estão seguras? Ao analisar essa situação, é importante entendermos que dificilmente nossos dados individuais estão sendo vigiados por um outro ser humano, sentado em sua máquina e anotando todos os nossos passos pela rede. Para que esse modelo de negócios funcione, as empresas precisam trabalhar por amostras, por análises de grandes massas de dados que apontem tendências de forma automática. São seus algoritmos que percebem padrões e indicam serviços.
A segurança na nuvem é uma relação de confiança e aposta na empresa que presta os serviços. Ao aderir a um novo serviço do tipo, é importante ter consciência de que se está alimentando algoritmos de análise de padrões e fazendo parte de uma multidão conectada.
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