Uma reunião na segunda-feira entre os dirigentes da Samsung Electronics e da Sony provavelmente terá como foco a cooperação adicional em painéis de LCD, já que a fabricante japonesa de eletrônicos vem enfrentando uma escassez desse componente.
Uma oferta estável de painéis é importante para a Sony, que já opera uma joint venture para a fabricação deles com a Samsung, em um esforço para tirar do vermelho suas operações de televisores pela primeira vez em sete anos, neste exercício, e mantê-las lucrativas mais tarde.
A demanda mundial por televisores LCD deve crescer em 24%, para 180 milhões de unidades este ano, de acordo com o grupo de pesquisa Display Search, considerando o efeito positivo do apetite dos mercados emergentes sobre as vendas.
"A Sony registrou alta em suas vendas de televisores este ano... (Ela e a Samsung) precisam discutir o próximo passo," disse Park Hyun, analista da Prudential Investment & Securities, em Seul.
A Sony quer elevar em 60% as vendas de sua linha Bravia de televisores de tela plana, a 25 milhões de unidades no ano fiscal que se encerra em março de 2011.
A reunião entre Lee Kun-hee, presidente do conselho da Samsung, e Howard Stringer, presidente-executivo da Sony, surge logo depois do anúncio da Samsung quanto a planos de investir o recorde de US$ 16 bilhões este ano, para ampliar sua produção de chips e painéis.
A possível cooperação poderia acontecer na forma de aquisição de painéis e até de chips, pela Sony junto à Samsung, aproveitado a capacidade adicional de produção que a segunda planeja. Ambas também poderiam chegar a um acordo para expandir a capacidade de produção da S-LCD, sua joint venture de telas, disseram analistas.
A Samsung é a maior fabricante mundial de televisores LCD, com 23% do mercado mundial em 2009, de acordo com a Display Search, seguida pela Sony, com 14,1%, e a LG Electronics, com 11,3%.
"Muita gente imagina de que maneira a Sony poderia derrotar a Samsung, se usa os mesmos painéis que a rival. Mas a empresa tenta adicionar valor aos seus produtos por meio de operações de rede," disse Nobuo Kurahashi, analista da Mizuho Investors, em Tóquio.
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