O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, afirmou nesta quarta-feira, durante o Fórum Nacional, no Rio, que a operadora antecipará em um ano as metas de universalização do serviço de banda larga, levando-o aos municípios de sua área de concessão até o fim de 2010 --que engloba quase todo o país, exceto o Estado de São Paulo.
A decisão torna-se pública em meio à controversa decisão do governo de reativar a Telebrás sob a justificativa de universalizar o serviço.
Falco, porém, nega que a antecipação tenha sido motivada pela Telebrás. "A Telebrás é assunto de três semanas atrás", disse. Mas não informou quando a decisão foi tomada. Explicou que, quando o técnico chega à cidade para instalar a rede de telefone, torna-se simples implantar a rede de dados.
Disse, ainda, que o fato de ser resultado de um programa de universalização, atender tais áreas não é rentável.
Há algumas semanas, a Oi chegou a levar ao governo um plano de universalização do serviço de banda larga em todo o país, em que se oferecia para capitanear o programa. O governo, porém, optou pela Telebrás.
Falco chegou a dizer, durante sua participação no evento, que "se falar de botar banda larga no Brasil, a gente bota. Se mandarem parar, a gente bota assim mesmo."
Falco afirmou, ainda, que a Oi terá perdas caso a Telebrás tenha prioridade nos contratos com empresas do governo. Reportagem publicada hoje pela Folha revela que o maior temor das teles com a reativação da Telebrás é a perda desses contratos, com impacto negativo de R$ 20 bilhões nas receitas do setor, por ano.
"Isso é decisão de um sindicato, há empresas com muitos contratos e outras com pouco", disse, sem informar porém quanto da receita da Oi vem dos contratos com empresas públicas.
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