Na corrida pelo domínio do mercado de livros eletrônicos protagonizada pelos gigantes da tecnologia (como Apple, Google e Amazon), os beneficiados vão além dos aficionados por leitura.
Escritores independentes, aqueles que publicam as próprias obras sem ajuda de uma editora, também podem tirar vantagem da concorrência.
Entre os ganhos estão maior retorno financeiro, variedade de plataformas e ferramentas para promoção com potencial de atingir muita gente.
As primeiras pistas da nova era da autopublicação foram dadas pela Amazon ainda em janeiro, quando a Apple anunciou ao mundo a vinda do iPad.
A loja virtual estabeleceu o aumento dos direitos autorais relacionados a livros eletrônicos. A partir de 30 de junho, escritores que vendem na Amazon receberão 70% do preço da venda --o valor atual é de 35%.
A Apple deu o troco e costurou parcerias para levar ao iPad, por meio do aplicativo iBook, livros eletrônicos de escritores independentes.
Os sites Lulu e Smashwords ganharam a benção da empresa de Steve Jobs para ser a porta de entrada para o badalado tablet.
"A guerra tecnológica tem um grande benefício, que é colocar a possibilidade da autopublicação em destaque", diz Ricardo Almeida, diretor-geral do Clube dos Autores, site que funciona como ferramenta para escritores independentes brasileiros.
Há 15 dias, o Google revelou um novo serviço que deve expandir ainda mais as fronteiras da autopublicação. Com o Google Editions, a gigante das buscas passará a vender livros eletrônicos, incluindo aqueles de escritores independentes.
"Comercializaremos qualquer livro com ISBN disponível pelo Google Book Search cujo detentor de direitos nos autorizar a comercializar suas obras por meio do Editions.
O preço de cada livro será determinado pelo detentor dos direitos", disse à Folha Rodrigo Velloso, representante da empresa no Brasil.
O Google deverá esquentar ainda mais o mercado de livros eletrônicos, caso se confirme o projeto de seu próprio tablet.
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