A rede de livrarias Borders Group não tem planos para desenvolver seu próprio aparelho de leitura digital devido ao custo e ao tempo de produção do produto, afirmou seu presidente-executivo nesta sexta-feira. No começo da semana, a Borders anunciou um acordo com o serviço de downloads Kobo, controlada pela rede de livrarias canadense Indigo Books & Music, dando à Borders um serviço de vendas de livros digitais.
"Não espero que façamos nosso próprio e-reader por diversas razões, especialmente por não sermos uma empresa de tecnologia. Somos livreiros", disse o presidente-executivo, Ron Marshall, à Reuters, em entrevista.
A Borders, segunda maior rede de livrarias dos Estados Unidos, tem sido criticada por analistas e investidores por seu atraso em entrar no mercado de livros digitais, perdendo um possível boom de vendas neste Natal.
A Borders tem uma participação de 20 por cento na Kobo, ao passo que a Indigo detém uma fatia de 58 por cento.
Sua principal concorrente, Barnes & Noble, lançou o aparelho Nook recentemente, embora não tenha conseguido fazer as entregas de unidades já encomendados a tempo do Natal. Já o Kindle, da varejista online Amazon.com, se firmou como líder do mercado de dispositivos de leitura.
Era esperado que a Borders revelasse sua própria estratégia para livros digitais após as festas de fim de ano, durante uma conferência da Associação de Eletrônicos de Consumo em janeiro, mas o anúncio foi antecipado.
"Uma leva" de e-readers serão lançados no evento em Las Vegas, segundo Marshall.
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