Eu confesso. Passei meu cartão de crédito real para comprar um lago virtual para meus patos em "FarmVille". Eu cobiço um lago grande, mas ele custa FV$ 33, o dinheiro local.
Em dois meses arando, plantando e colhendo alcachofras, abacaxis, milho e tulipas, só juntei FV$ 16. Ainda teria de trabalhar uns quatro meses, de sol a sol, para economizar o suficiente para a compra.
Aí apareceu uma pechincha: a chance de comprar um lote dessa moeda por metade do preço.
A promoção era válida só pelos dez minutos seguintes. Por nada exorbitantes US$ 4 (R$ 7) eu compraria FV$ 50. Com isso poderia não só comprar o lago maior como fazer outras benfeitorias em minha propriedade.
Ah, passei o cartão, sim. Um amigo ao lado olhava horrorizado, como se eu estivesse entrando num site de jogo de azar.
Azar mesmo teve a Zynga Corporation, pois minha compra não vingou, a página expirou, e eu acabei desistindo.
Mas o que vale é a intenção, e ela mostra que nós, consumidores, estamos dispostos a pagar por qualquer coisa (conteúdo) de que a gente realmente goste. Pode ser uma música, um filme, um perfume que evapora. Ou um laguinho maior para patos virtuais em "FarmVille".
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