Mark Pincus estava cansado de apenas ler notícias sobre seus amigos e, vez por outra, clicar no botão "cutucar", que indica uma paquera virtual, para dar mais movimento à sua página no Facebook. Ele queria uma maneira mais divertida de se comunicar e foi assim que criou, em janeiro de 2007, a Zynga, empresa que desenvolve jogos para redes sociais.
Pelo visto, Pincus não era o único que estava enfadado com as poucas possibilidades que as redes ofereciam até então. Quase três anos depois da criação da empresa, os aplicativos mudaram a forma como os internautas se relacionam.
Cerca de 100 milhões de usuários únicos fazem uso dos games a cada mês, segundo a Zynga, que é a principal empresa do setor --a Playfish é uma de suas concorrentes.
"Os games sociais estão crescendo bastante. As redes passaram a permitir a transformação da experiência de jogo, transformando-a em uma coisa mais divertida, para que os jogadores gastem tempo com seus amigos da vida real", disse Pincus à Folha, em entrevista por e-mail.
O executivo ressalta que os jogos desenvolvidos para sua empresa não são feitos apenas para aficionados. "Nós acreditamos que nossos jogos são feitos para qualquer um que esteja procurando diversão, experiência social on-line --o que é, basicamente, toda a população de consumidores de redes."
No Facebook, há mais de 90 mil aplicativos disponíveis para os mais variados fins, calcula o site de tecnologia Mashable. O "FarmVille" é o joguinho campeão, com 72 milhões de usuários. Outros aplicativos populares são o Café World, que tem 32 milhões de jogadores, e o Mafia Wars, com 27 milhões --todos da Zynga.
"Lançamos diversos jogos desde que iniciamos a empresa. Alguns alcançaram muito sucesso, enquanto outros, nem tanto", diz Pincus. "Ao longo desses dois anos e meio, aprendemos muito sobre o que faz certos produtos terem sucesso nessa plataformas e o que torna os jogos realmente sociais."
De acordo com a Entertainment Software Association, jogos em redes sociais movimentaram cerca de US$ 500 milhões em 2008. Esse montante é obtido por anúncios publicitários e, principalmente, por micropagamentos feitos com cartões de crédito. Apesar de serem gratuitos, os jogos contam com itens que estão à venda por dinheiro de verdade --usuários mais aficionados compram tratores, lagos, casinhas para incrementar suas fazendas, por exemplo.
"Bens virtuais vão desempenhar um grande papel no futuro dos games sociais --90% do faturamento da Zynga vem diretamente da compra desses bens", diz a empresa.
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