quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Processo da Nokia contra Apple é jogada "desesperada", diz analista

O mais recente golpe na luta sobre patentes entre a Nokia e a Apple ilustra a mudança na dinâmica do mercado de celulares, já que a líder do setor não mais desfruta de vantagem sobre os rivais em termos de desenvolvimento de produtos.
Mas os analistas acreditam que os riscos envolvidos em ingressar em um campo minado judicial para ajudar a Nokia a compensar o tempo perdido, especialmente no mercado de celulares inteligentes, que cresce rapidamente, podem ser produtivos, dado o imenso estoque de patentes que a Nokia acumulou como uma das pioneiras na fabricação de celulares.
A Nokia intensificou a pressão nesta terça-feira (29) por meio de uma nova contestação de patentes contra a fabricante do iPhone. A chance de uma represália pela Apple, enquanto as empresas tentam conquistar vantagens antes de possíveis negociações para um acordo, parece elevada.
"Em certa medida, é uma jogada de desespero, mas a Nokia está no mercado de celulares desde o começo e tem muito mais patentes que a Apple, de modo que é provável que a Apple tenha de alguma maneira utilizado patentes da Nokia, e talvez de outras empresas", disse o analista Greger Johansson, da Redeye.
Queixa
Em queixa apresentada à International Trade Commission (ITC) dos Estados Unidos, a Nokia alega que a Apple violou suas patentes em "praticamente todos os seus celulares, players portáteis de música e computadores".
A Nokia agora está aguardando que a ITC, que investiga assuntos referentes à violação de propriedades intelectuais no comércio internacional, decida se vai ou não acatar a queixa, em prazo de cerca de 30 dias.
A ação agressiva surge em um período de fraco desempenho pela Nokia no mercado de celulares inteligentes, que cresce rapidamente. Agora, a empresa deseja reconquistar o mercado perdido para rivais como a Apple e a Research in Motion (RIM), fabricante do Blackberry.
"Isso parece estar acontecendo porque a Nokia enfrentou dificuldades no último ano ou dois... caso ela estivesse avançando bem no mercado de celulares inteligentes, não creio que as patentes se tornariam uma questão séria", disse Johansson.

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