Funcionam, em geral, da seguinte forma: o usuário escolhe os bens e serviços digitais que quer que sejam preservados, armazena senhas e informações para acessá-los e determina quem terá o direito de fazer isso, além de indicar alguém para notificar o serviço quando ele morrer.
Página inicial do Entrustet, serviço para planejar o destino dos bens digitais após a morte |
A publicitária Júlia Éboli, 25 anos, tem conta no site. Ela diz que guardou nele seus dados de e-mail, Facebook e Twitter e até sua senha de banco.
Aldo Silva, especialista em segurança da informação, afirma que os certificados do Brevitas são seguros. "Para um hacker invadir, é muito difícil."
Ele lembra, no entanto, que a segurança do site não basta. Um hacker pode ter acesso aos dados aproveitando a suscetibilidade do computador do próprio usuário.
A ideia de se registrar no Brevitas surgiu quando Júlia voltou ao Brasil após uma temporada nos EUA.
"Onde fiquei, era muito difícil o contato com o Brasil. Eu tinha acesso muito restrito a telefone, internet... Eu me perguntava: 'se acontecer alguma coisa comigo, como vai ser?'"
O americano Entrustet, outro serviço do tipo, tem 5.000 usuários, incluindo brasileiros, segundo seu cofundador Nathan Lustig.
Sue Kruskopf, criadora do My Wonderful Life, afirma que o serviço tem quase 10 mil usuários, entre os quais muitas mulheres que têm de 50 a 65 anos.
E que garantias os sites dão a usuários de que os serviços serão mantidos?
O Brevitas promete manter as informações por cinco anos após a última renovação de contrato.
O Entrustet diz ter uma reserva de caixa para durar mais três anos caso for fechar as portas. Isso daria aos usuários tempo para mover seus dados.
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