O diário oficial cubano "Juventud Rebelde" criticou nesta quinta-feira (3) a empresa americana Google por bloquear várias de suas ferramentas da internet para os usuários da ilha, incluindo o estudo da tendências de navegação Zeitgeist.
"Apesar de o Google ter um redirecionamento sob o domínio de Cuba (.cu), o Zeitgeist parece passar por cima do arquipélago caribenho ao oferecer seus resultados", afirma um artigo do diário, porta-voz do braço juvenil do Partido Comunista de Cuba.
O diário acrescenta que a firma também bloqueia ferramentas como o Google Earth, Google Desktop Search, Google Code, Google Toolbar e Chrome.
"Parece que os cubanos não contam para o Google, que, segundo seus criadores, tem a intenção de possibilitar o acesso em massa à informação", destaca o "Juventud Rebelde", que não menciona as múltiplas restrições impostas aos provedores de acesso à internet da ilha, todos estatais.
O diário acrescenta que "não é a primeira vez, e certamente não será a última, que Google contradiz sua própria 'filosofia' e se soma ao bloqueio americano a Cuba, inclusive contra os pronunciamentos do presidente americano, Barack Obama, que disse estar comprometido para facilitar o acesso dos cubanos às novas tecnologias".
O jornal acusa Washington de "colocar obstáculos e encarecer as compras de equipamento tecnológico" necessário para desenvolver a internet em Cuba, de "organizar campanhas de desprestígio" contra a ilha e de "fabricar mercenários cibernéticos", em alusão a blogueiros dissidentes, como Yoani Sánchez.
Os noticiários da ilha, todos oficiais, criticam com frequência as empresas de internet americanas, sempre sem citar que os cubanos não podem contratar um acesso à rede em suas casas, nem que os provedores do serviço bloqueiam centenas de páginas digitais que não agradam às autoridades.
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