quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pesquisadores demonstram invasão de caixa eletrônico em conferência de segurança

Foi-se o tempo em que os criminosos usavam instru­mentos simples para praticar seus crimes. Fraudes em che­ques e caixas eletrônicos agora podem ser feitas por meio de alta tecnologia.
Na Black Hat, conferência de segurança que ocorreu na semana passada em Las Ve­gas, foi anunciada uma frau­de de cheques que teria ren­dido US$ 9 milhões a um gru­po de criminosos russos.

Segundo o eweek.com, uma investigação da empre­sa de segurança Secure­ Works mostrou que eles usavam uma mistura de malware (programa malicioso), SQL injection (uma técnica que injeta códigos para explorar uma vulnerabilidade de se­gurança) e pessoas dispostas a transferir dinheiro ou mer­cadorias roubadas de um país a outro.
Tudo isso para colocar as mãos em dados de repositó­rios de imagens de cheques, que arquivam cheques para as empresas.
"Quando você escreve um cheque, ele vai ser processa­do e, em algum ponto no fi­nal da cadeia, ele é escanea­do eletronicamente e arqui­vado em um banco de da­dos", explicou Joe Stewart, da SecureWorks.
Stewart revelou que uma rede de 1.000 a 2.000 compu­tadores era usada no com­plicado esquema de roubo de informações de cheques.
Caixa eletrônico
Invadir um caixa eletrôni­co pode ser simples, se feito com o software correto. Foi o que mostrou o pesquisador de segurança Barnaby Jack, na Black Hat, segundo o site Cnet.
"Espero mudar o modo co­mo as pessoas olham os apa­relhos que, de fora, parecem impenetráveis", disse Jack.
O pesquisador comprou um par de caixas eletrônicos e passou anos debruçado so­bre o código que rege as má­quinas. Nesse meio tempo, encontrou erros de progra­mação e vulnerabilidades, que permitiram que ele tives­se completo acesso aos equi­pamentos.
Dois caixas dispostos no palco cuspiram dinheiro de­pois que Jack explorou suas vulnerabilidades.
As duas empresas fabri­cantes dos caixas disseram já ter consertado a falha, se­gundo a Cnet.

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