terça-feira, 3 de agosto de 2010

Adolescentes viciados em internet são mais propensos à depressão, diz estudo

Adolescentes que são "viciados" em internet têm mais que o dobro de chance de ficarem deprimidos do que aqueles que surfam de uma maneira mais controlada, segundo um estudo publicado ontem, 2 de agosto.
Para o estudo, publicado no Arquivos de Medicina Pediátrica e do Adolescente, 1.041 adolescentes de Guangzhou, sudeste da China, completaram um questionário para identificar se usavam a internet de uma maneira patológica, e foram avaliados quanto a ansiedade e depressão.
A grande maioria dos jovens - mais de 940 - usava a internet normalmente, mas 62 (6,2%) foram classificados como sendo usuários moderadamente patológicos e dois (0,2%), como "gravemente patológicos".
Nove meses depois, o estado psicológico dos adolescentes foi reavaliado, e os pesquisadores descobriram que os estudantes que usavam a internet de maneira descontrolada tinham chance duas vezes e meia maior de desenvolver depressão do que os que usavam a Web normalmente.
Mesmo quando o stress dos estudos foi colocado na equação, os viciados em internet ainda eram uma vez e meia mais propensos a sentirem-se deprimidos do que aqueles que usavam a internet de modo razoável.
"Esse resultado sugere que jovens que são inicialmente livres de problemas mentais, mas usam a internet de modo patológico, poderiam desenvolver depressão como consequência" disseram os autores do estudo Lawrence Lam, da Escola de Medicina de Sidney, e Zi Wen-Pen, do Ministério de Educação Chinês.
O uso patológico da internet foi identificado como comportamento problemático com sinais e sintomas similares àqueles de outros vícios, de acordo com o estudo.
Um sinal de alerta do uso patológico da internet: adolescentes que foram considerados viciados em internet no estudo tendiam a usá-la mais para entretenimento do que para estudar ou conseguir informações, descobriram Lam e Zi.
Por outro lado, entretenimento foi o uso de internet mais comum entre os jovens do estudo, cuja idade média era de 15 anos.
Os pesquisadores sugerem monitorar adolescentes na fase do colegial para identificar jovens em risco de se tornarem viciados em internet e, possivelmente, deprimidos devido ao comportamento patológico.

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