As ciberdefesas expandidas do governo dos Estados Unidos seriam a melhor
maneira de proteger redes de eletricidade, redes de fabricantes de
armamentos e a infraestrutura comercial contra a "probabilidade real" de
um ataque on-line destrutivo, afirmou o líder do novo Cibercomando das
forças armadas.
Estender a proteção federal de alta tecnologia ao mundo comercial, o que
inclui a possibilidade de proteger as redes financeiras, é uma questão
complicada para as autoridades. Os problemas envolvem qual proporção do
sistema proteger, quem se encarregaria de fazê-lo, como responder a
qualquer ataque e a necessidade ou não de o Congresso delegar novos
poderes.
O general Keith Alexander, do exército norte-americano, disse a
repórteres na noite de quarta-feira que previa a criação de "uma zona
segura e protegida" para certas porções críticas de infraestrutura, o
que na prática criaria uma muralha entre elas e o restante da internet,
protegida por seus comandos.
"É isso que provavelmente faremos, e faz muito sentido", afirmou ele no
início de seu depoimento ao Comitê das Forças Armadas da Câmara dos
Deputados, na quinta-feira. "Foi o melhor em que pudemos pensar."
Alexander exerce dois comandos: além de liderar o novo cibercomando, que
se tornará plenamente operacional no mês que vem, também dirige a
National Security Agency, organização altamente sigilosa subordinada ao
Pentágono.
A NSA ajuda a proteger redes do governo contra penetrações, e opera um
sistema mundial de espionagem eletrônica, por meio de satélites e
estações terrestres.
A equipe de segurança nacional dos EUA diz que o risco de ataque
computadorizado é alto porque o governo depende pesadamente da internet
pública, o que inclui fornecedores do Pentágono como Lockheed Martin,
Boeing e Northrop Grumman.
Alexander citou a criação de uma parceria com o Departamento de
Segurança Interna, o FBI, o Departamento de Energia e outras agências,
como parte de qualquer expansão dos esforços do governo para proteger
serviços críticos, e ao mesmo tempo não interferir na internet
comercial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário