quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Jogo de tiro no Muro de Berlim enfurece família de vítimas

 m estudante alemão criou um jogo de computador que dá aos jogadores um gosto da vida como um guarda de fronteira da Alemanha Oriental que atira contra fugitivos políticos que debandam para o Ocidente, para a indignação dos familiares das vítimas.
O jogo "1378" --o comprimento em quilômetros da fronteira entre a Alemanha Oriental e a Ocidental durante a Guerra Fria-- condecora aqueles que atirarem em um grande número de fugitivos. Em seguida, eles se vêem no ano 2000, sendo julgados pelos tiros que deram em nome do regime da Alemanha Oriental comunista.
Os jogadores também podem assumir o papel de fugitivos da Alemanha Oriental tentando escapar pelo muro de Berlim. Se forem pegos, são mortos ou levados para a prisão.
Jens Stober, 23, que criou o jogo como parte da graduação universitária, disse que o game tem um aspecto educacional.
"Se tornar um guarda de fronteira da Alemanha Oriental ou fugitivo permite que os jogadores se identifiquem com essas figuras", afirmou. "É uma nova forma de incentivar os jovens a terem interesse na história recente da Alemanha."
Mas a Fundação Federal para a Reconciliação da ditadura comunista disse que duvida que os jovens aprendam algo atirando em dissidentes.
"Em última análise é apenas um jogo de tiro, o que é inaceitável dado o contexto histórico", disse Wolf Dietrich, porta-voz da fundação.
Theodor Mettrup, da Associação das Vítimas de tirania comunista, disse que o jogo "faz uma paródia das vítimas."
"Os tiros no muro não eram um jogo -- eles destruíram a vida das pessoas e das famílias, mas pessoas não vão ter noção disso jogando o game", disse ele à Reuters.
O jogo será lançado no domingo, no 20o aniversário da reunificação alemã.
Estima-se que mil cidadãos da Alemanha Oriental foram mortos tentando fugir após a construção do muro em 1961. Guardas de fronteira da Alemanha Oriental eram instruídos a atirar naqueles que tentavam fugir. O último alemão atingido por tentar cruzar a fronteira foi Chris Gueffroy, em fevereiro de 1989.

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