Um usuário que usa software pirata sem pagar não compraria o software
comercial se a pirataria fosse coibida --é muito possível que boa parte
dos usuários de software pirata migrasse para o software livre, que é
gratuito. A opinião é de Pablo Ortellado, professor da USP e integrante
do Gpopai (Grupo de Pesquisa Pública de Acesso à Informação).
Pablo critica o estudo
da BSA e diz que boa parte de quem hoje usa Windows pirata não
compraria o programa se fosse obrigado a pagar R$ 900 pelas licenças do
Windows e do Office.
"Tudo o que o estudo da BSA mostra é o seguinte: se mais software fosse
vendido, haveria mais receita e portanto mais emprego e mais impostos
--o que é óbvio", diz o professor.
"A questão relevante é que não se sabe em que medida a redução da
pirataria aumentaria as vendas, já que o usuário médio carece de
recursos para a compra do software", completa.
ESTUDO
Pablo é um dos coautores do relatório (ainda não divulgado) "Estimativas
sobre o impacto de cópias não autorizadas de livros e discos na
produção industrial, geração de empregos e arrecadação de impostos", no
qual questiona a metodologia de pesquisas divulgadas por organizações
antipirataria.
"Estudos desses dois setores carecem totalmente de base metodológica",
diz.
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