quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Professor da USP critica estudo de pirataria e diz que resultados são óbvios

Um usuário que usa software pirata sem pagar não compraria o software comercial se a pirataria fosse coibida --é muito possível que boa parte dos usuários de software pirata migrasse para o software livre, que é gratuito. A opinião é de Pablo Ortellado, professor da USP e integrante do Gpopai (Grupo de Pesquisa Pública de Acesso à Informação).
Pablo critica o estudo da BSA e diz que boa parte de quem hoje usa Windows pirata não compraria o programa se fosse obrigado a pagar R$ 900 pelas licenças do Windows e do Office.
"Tudo o que o estudo da BSA mostra é o seguinte: se mais software fosse vendido, haveria mais receita e portanto mais emprego e mais impostos --o que é óbvio", diz o professor.
"A questão relevante é que não se sabe em que medida a redução da pirataria aumentaria as vendas, já que o usuário médio carece de recursos para a compra do software", completa.
ESTUDO
Pablo é um dos coautores do relatório (ainda não divulgado) "Estimativas sobre o impacto de cópias não autorizadas de livros e discos na produção industrial, geração de empregos e arrecadação de impostos", no qual questiona a metodologia de pesquisas divulgadas por organizações antipirataria.
"Estudos desses dois setores carecem totalmente de base metodológica", diz.

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