Estas são algumas conclusões do estudo "Os Benefícios Econômicos da Redução da Pirataria de Software", apresentado pela BSA (Business Software Alliance) e pela IDC na semana passada.
O estudo avalia que baixar a taxa de pirataria do Brasil dos atuais 56% para 46% nos próximos quatro anos resultaria em um aporte extra de US$ 3,9 bilhões.
Como vice-presidente da BSA (Business Software Alliance), Jodie Kelley gerencia todas as atividades antipirataria da associação em mais de 80 países, representando fabricantes de software, como Microsoft e Apple.
Kelley falou com a Folha sobre o estudo e sobre as atividades da BSA no Brasil. Confira os principais trechos:
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Folha - Quais são suas expectativas sobre a pirataria de software no
Brasil em 2011 comparada com 2010? A taxa vai subir ou descer?
Jodie Kelley - É muito difícil prever se a pirataria vai crescer ou cair no Brasil. Entretanto nós estamos vendo uma dedicação muito forte do governo combater a pirataria e uma forte aceitação em novas medidas educacionais em todo o país. Os 8% de declínio na taxa de pirataria nos últimos quatro anos no Brasil definitivamente são um bom sinal.
As denúncias de internautas são significantes?
Kelley - Nós recebemos denúncias de pirataria de várias formas na BSA. Principalmente, denúncias são feitas diretamente para nossos representantes locais, bem como na nossa página bastade pirataria.com. No Brasil, desde 2008, nós recebemos mais de 8.000 denúncias de pirataria pela internet, o que corresponde a cerca de metade de todas as denúncias que recebemos do país até agora.
Como o Brasil está localizado no ranking global de pirataria, de acordo com o estudo da IDC e financiado pela BSA?
Kelley - A pirataria de software no Brasil está estimada em 56%, com o valor comercial dos programas não-licenciados chegando a US$ 2,25 bilhões. Nos últimos quatro anos, o país teve uma redução de 8% na taxa de pirataria.
A atual taxa é mais baixa do que a média da América Latina, que é de 63%. Nós não fazemos um ranking global, porque nem todos os mercados podem ser comparados, mas entre os países do grupo Bric (Brasil, Rússia, China e Índia), Brasil tem a menor porcentagem. China tem 79%, Rússia tem 67% e Índia 65%.
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