quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cubanos ficam para trás na revolução da informação, diz pesquisa

Os cubanos continuam extraordinariamente isolados da tecnologia da informação, com apenas 2,9% deles reportando uso regular de internet e 5,8% uso regular de e-mail, de acordo com pesquisa governamental divulgada na quinta-feira (30).
O Serviço Nacional de Estatística (Onecu) conduziu entrevistas em 38 mil domicílios e constatou que quase todos os usuários acessam a internet no trabalho ou na escola, porque poucos deles contam com acesso domiciliar.
Apenas 2,6% dos entrevistados afirmaram usar celulares regularmente, de acordo com a pesquisa, postada no site da Onecu.
O acesso à internet no país comunista é severamente restrito e os usuários precisam obter autorização do governo.
O fracasso de Cuba quanto a modernizar suas telecomunicações é uma das maiores queixas dos cidadãos com menos de 50 anos de idade, que mencionam esse fator como um dos motivos para que desejem emigrar.
As autoridades revolucionárias de Cuba atribuem a culpa por seu isolamento tecnológico principalmente ao embargo comercial dos Estados Unidos contra a ilha.
O sumário estatístico do governo para 2009 reportou que o país tem 1,6 milhão de usuários de internet, ou 14,2%, mas na maioria dos casos eles usam uma intranet controlada pelo governo com acesso restrito à World Wide Web.
O uso da internet em Cuba é inferior ao de boa parte do mundo e ao de todos os países vizinhos.
Na Jamaica, 53,27% dos habitantes tinham acesso em 2008; na República Dominicana, 25,87%, de acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT) em 2009.
No Haiti, apenas 10,42% dos habitantes tinham acesso à internet, de acordo com a UIT.
Cuba só legalizou o uso de celulares em 2008, e até o final de 2009 havia 800 mil deles em uso no país, de acordo com dados do governo.
Incluindo celulares e linhas de telefonia fixa, Cuba conta com 1,8 milhões de linhas telefônicas, ou 15,5 para cada 100 pessoas, o mais baixo percentual da região, de acordo com a UIT.

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