A rápida ascensão das vendas de música digital se estagnou nos Estados
Unidos, o maior e mais importante mercado mundial, e o primeiro semestre
de 2010 não registrou alta com relação ao mesmo período um ano antes.
De acordo com o grupo de pesquisa de mercado Nielsen, as vendas digitais
se mantiveram imóveis no mercado dos EUA, depois de alta de 13% em 2009
ante 2008 e de 28% em 2008 ante 2007.
Grandes empresas do setor de música, como a Universal Music, do grupo
Vivendi, depositavam suas esperanças na alta das vendas legais de música
digital, a fim de combater a pirataria on-line e o colapso nas vendas
de CDs.
Jean Littolff, diretor executivo da Nielsen Music, disse que as vendas
estáveis nos EUA podem se dever a uma queda na confiança dos
consumidores, à falta de atrativos dos novos lançamentos musicais e à
confusão quanto às muitas maneiras diferentes pelas quais as pessoas
podem adquirir música on-line.
"Creio que atingimos um ponto de estabilidade e isso não significa que
haverá queda substancial no consumo de música digital", explicou. "É um
ponto de estabilidade, mas ainda não de saturação."
O mercado de música digital vem sendo dominado primordialmente por sites
que vendem faixas individuais ou álbuns, como o iTunes da Apple, e a
Nielsen afirma que os serviços por assinatura, nos quais os consumidores
pagam por acesso a música sem baixá-la, ainda estão enfrentando
dificuldades para causar impacto no mercado de massa.
Os sites de streaming audiovisual como o YouTube continuam altamente
populares, enquanto os serviços de música para celulares vêm ganhando
mais ímpeto.
De acordo com as pesquisas da Nielsen, as vendas de música digital
subiram 7% no Reino Unido, 13% na Alemanha e 19% na França.
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