Um sistema de satélites russo está na dianteira entre os diversos rivais
que poderiam expandir o uso da navegação via satélite para além dos
serviços de mapeamento e de orientação a motoristas, substituindo
satélites norte-americanos envelhecidos.
A Rússia vem desde 1976 desenvolvendo o Glonass, sua resposta ao GPS
(Global Positioning System) GPS, liderado pelos Estados Unidos. Depois
de investir US$ 2 bilhões no sistema nos últimos 10 anos, os russos
estão agora nos estágios finais de implementação, e ele deve estar em
plena operação antes do final deste ano.
"A partir de 2012, graças ao lançamento de satélites adicionais em 2010 e
2011, é provável que o Glonass ofereça serviço comparável ao do GPS",
disse Frederic Brunetau, diretor-executivo do Ptolemus Consulting Group.
Ele informou que o Glonass será provavelmente a tecnologia de melhor
desempenho por dois a quatro anos, a partir de 2014, até o lançamento da
rede europeia Galileo, dada a expectativa de uma degradação na
qualidade do GPS.
"O Glonass está pronto para brilhar. No entanto, manterá sua vantagem
por apenas alguns anos", disse Bruneteau.
Os analistas disseram que os fabricantes mundiais de chips estão prontos
a incluir o Glonass e outras novas tecnologias europeias, bem como
tecnologias da China e Índia, que estão trabalhando no desenvolvimento
de redes próprias de satélites de posicionamento.
Os governos que estão bancando os novos satélites também desejam reduzir
sua dependência do sistema GPS --operado pela Força Aérea dos EUA-- e
as dezenas de satélites que serão lançados tornarão mais fácil e preciso
identificar uma posição.
Harold Goddijn, presidente-executivo da TomTom, fabricante holandesa de
aparelhos de navegação via satélite, disse que os novos satélites podem
estimular o uso de sistemas de posicionamento em novas áreas, tais como
segurança aérea ou sistemas rodoviários.
"Reconheço que as pequenas melhoras graduais de certas tecnologias podem
conduzir a usos completamente novos para elas. Às vezes, é uma pequena
mudança nova que permite alterar todo o equilíbrio", afirmou Goddijn à
Reuters.
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