quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Conheça a maneira de fazer negócios ao estilo Bill Gates

Na escola, o apelido de nerd pegou logo. Com um intelecto fora do comum, óculos fundo de garrafa, caspa e acne, Bill Gates aos 13 anos já era um crânio no computador. Nessa idade, fechou seu primeiro negócio na área de informática. O acordo era cheio de vantagens para o menino - procurar falhas em softwares e, em troca, utilizar computadores, na época, muito caros, raros e limitados. Mas isso abriu um mundo novo para o adolescente e impulsionou um obsessivo caso de amor que gerou uma das maiores fortunas do planeta.

Mas, como o jovem nerd conseguiu fazer de sua paixão um caso de absoluto sucesso empresarial e se tornar um milionário na casa dos 20 anos de idade? Em "Negócios ao Estilo Bill Gates" (UP Negócios), o escritor Des Dearlove conta como isso foi possível e revela os dez segredos que fizeram desse homem um dos mais ricos e importantes líderes empresariais no mundo. Com a Microsoft, ele realizou um sonho: o de cada pessoa poder ter um computador em casa ou no trabalho, funcionando com o programa criado por ele, o Windows.
A inteligência ajudou, a paixão pela tecnologia também. Mas, segundo o autor, outros elementos contribuíram para que Gates se tornasse um cibermagnata e um fenômeno do século 21. Só contratar gente inteligente é outro fator de sucesso apontado por ele. Na Microsoft, estudantes brilhantes são recrutados logo após saírem da faculdade. "Não recruto tolos", diz Gates. Na hora de convencer uma estrela do mercado a ingressar no time, ele não deixa ao azar: dá um telefonema pessoal ao seu estilo e convence o candidato.
Acusado de elitista por isso, mas Gates não tem tempo para ouvir críticas. A cultura da Microsoft é "trabalhe muito, depois trabalhe mais". Assim, é comum entregas de pizza na mesa dos funcionários para que eles não tenham que parar para comer. E de bebidas com cafeína, claro. Para tanto trabalho, o salário pode nem ser assim tão alto, mas Gates tem feito de muitos de sua equipe milionários também. Eles recebem uma "opção" de compra de ações da Microsoft por preço fixo no futuro, e isso faz a diferença na conta bancária.
A maneira de fazer negócios de Bill Gates -vale dizer, ele abandonou o curso de Direito em Harvard, para se dedicar 100% aos computadores -, deixa o mundo empresarial tonto. Os inimigos dizem que a Microsoft é uma ave de rapina. Ou seja, furta as idéias dos outros convertendo-as em seus produtos. O Windows, por exemplo, é visto como uma imitação do software da Apple para o Macintosh. Também chamam-no de "império do mal", que ele tem um "marketing truculento" e outros vão mais longe, que ele é o próprio "anticristo".
O caso é que esse empresário de gênio difícil -dizem que ele não perdeu os acessos de raiva que tinha na infância- tem apenas um único temor na vida: de que a empresa seja ultrapassada por outra mais ágil. Segundo Dearlove, essa paranóia de Gates é um indicador da própria natureza valor do setor de informática. Para não ser pega desprevenida, a Microsoft defende-se com várias tecnologias diferentes. Às vezes conflitantes. De olho no futuro, o visionário Gates vai em busca, sempre e sempre, de um novo grande lance.

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