O bilionário e filantropo americano Bill Gates disse nesta quarta-feira
que sua fundação de caridade pode usar a experiência do Brasil em áreas
como saúde e agricultura para projetos de ajuda a países pobres,
principalmente na África.
A possibilidade de uma parceria do Brasil com a Fundação Bill &
Melinda Gates foi discutida em um encontro com o ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim, em Nova York, onde ocorre a Assembleia Geral
das Nações Unidas.
"Discutimos algumas das necessidades dos pobres e algumas das inovações
ocorridas no Brasil, tanto em saúde como em agricultura", disse Gates.
"E discutimos como nossa fundação pode trabalhar com o Brasil para que
essa experiência seja mais útil, principalmente focada em algumas das
necessidades na África", afirmou.
VACINAS
Segundo Gates, ainda não há definição sobre quais países receberiam a ajuda.
"Mas em vacinas e agricultura, as maiores necessidades estão na África", afirmou.
O bilionário disse que projetos desenvolvidos no Brasil, envolvendo
doenças como a tuberculose, poderiam influenciar ações em outros países.
Segundo o ministro Amorim, o Brasil tem condições de manter uma boa parceria com a organização de Gates.
"A fundação persegue muitos objetivos que nós perseguimos", disse
Amorim, destacando que um objetivo em comum "é a melhoria de vida em
países mais pobres".
"E eles percebem no Brasil um parceiro importante. Não tanto pelos
recursos. Mas sobretudo pela capacidade técnica que nós desenvolvemos,
tanto na Embrapa, quanto na Fiocruz, no Instituto Butantã", afirmou o
ministro.
Amorim disse que o Brasil pode contribuir não apenas com tecnologia.
"Também a maneira de levar um serviço à população. Por exemplo, o caso
da vacinação, como o Brasil desenvolveu campanhas de vacinação em massa,
como isso é feito no Brasil", disse o ministro.
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