A fabricante do smartphone BlackBerry teve negociações em caráter de
urgência com a Arábia Saudita nesta quarta-feira para evitar o
cancelamento de um de seus serviços. A empresa também manteve discussões
com o governo indiano.
A Research In Motion está enfrentando crescentes exigências de vários
governos ao redor do mundo interessados em acessar seu sistema
criptografado de mensagens sob a alegação de preocupação com a segurança
nacional.
A discussão, que destacou o acesso que alguns Estados parecem ter em
comparação a outros ao sistema, ameaça desconectar cerca de 2 milhões de
usuários do BlackBerry no Golfo e na Índia.
Representantes de órgãos de Defesa da Índia alertaram que o serviço pode
ser interrompido se a empresa não atender aos pedidos do governo,
segundo publicou um jornal.
"Deixamos claro que qualquer serviço de BlackBerry que não possa ser
totalmente interceptado por nossas agências deve ser suspenso", afirmou
uma fonte da área de Defesa da Índia ao The Economic Times.
A RIM afirma que a segurança do BlackBerry é baseada em um sistema no
qual os usuários criam suas próprias senhas e a empresa não possui uma
chave mestra ou uma "porta dos fundos" que permita a terceiros acesso
aos dados transmitidos.
A empresa disse na quarta-feira que nunca forneceu dados específicos ao
governo de qualquer país e que não pode aceitar qualquer pedido de cópia
de chave de criptografia de um cliente.
Reguladores da área de telecomunicações da Arábia Saudita, reuniram-se
com representantes da RIM antes do prazo final de sexta-feira para
desativar pelo menos um dos serviços do BlackBerry no país. Fontes da
indústria disseram à Reuters que o governo está preparado para desativar
o BlackBerry Messenger, um serviço de mensagem de texto entre os
usuários do aparelho.
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