A produtora de videogames Electronic Arts (EA) informou resultados acima
do esperado na terça-feira, impulsionados por cortes nas despesas e as
boas vendas do jogo "FIFA".
A empresa, que também registrou bons resultados em sua pequena mas
crescente unidade de negócios digitais, reafirmou suas projeções anuais,
levando suas ações a saltarem 5 por cento no pregão after-market, e
mais de 7 por cento na sessão desta quarta-feira.
Não tem sido fácil para a Electronic Arts, de séries populares como "The
Sims", convencer seus acionistas de que está no caminho da recuperação.
As ações da empresa registraram queda de 25 por cento desde o começo do
ano.
A EA já fez cortes no quadro de funcionários e nos gastos, além de limitar seu portfolio para focar nos games mais populares.
"Os gastos com pesquisa e desenvolvimento caíram bastante. Essa era uma
das preocupações dos acionistas", disse Arvind Bhatia, analista da
Sterne, Agee & Leach.
"É um passo na direção certa", afirmou. "Eles superaram previsões e
mantiveram projeções, e ainda conseguiram diminuir os gastos".
No total, houve uma queda de 13 por cento nas despesas da companhia, que
hoje tem cerca de 1.200 funcionários a menos que há um ano.
A EA registrou um lucro líquido de 96 milhões de dólares, ou 0,29 dólar
por ação, no primeiro semestre do exercício social de 2011, fechado em
30 de junho, ante um prejuízo de 234 milhões, ou 0,72 dólar por ação, um
ano antes.
Excluindo itens, a empresa teve um prejuízo de 0,24 dólar por ação, com
estimativa média de 0,35 dólar por ação entre analistas, segundo a
Thomson Reuters I/B/E/S.
Já a receita da companhia foi de 539 milhões de dólares, acima dos 502,3 milhões esperados por Wall Street.
A EA ainda reafirmou suas projeções anteriores para o exercício social
de 2011, de um lucro, excluindo itens, de entre 0,50 e 0,70 dólar por
ação sobre uma receita de entre 3,65 e 3,9 bilhões de dólares.
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