A especialista, autora de "A Cama na Varanda", achou "assustadora" a quantidade de comentários chamando a menina de "biscate" e "piranha" e pedindo a ela que mostrasse logo "esses peitões".
Indiferente às grosserias, a garota permaneceu ao vivo por quase duas horas e dançou o "Créu".
"Na nossa cultura patriarcal, o homem sempre tomou a iniciativa, e a mulher tinha que ser passiva", afirma Navarro Lins. "Quando se vê uma mulher ativa, que dança e rebola, isso parece provocar raiva [nos homens]. Fico pensando se essa raiva não é algo defensivo por eles estarem assustados com essa mulher. E se eles brocharem? E se a mulher não escolhê-los?"
Ao ver a transmissão, Navarro Lins se lembrou do caso da estudante Geisy Arruda, que no ano passado foi hostilizada na Uniban por causa de seu vestido curto. "Eles tratam-na como prostituta. E tratam a [suposta] prostituta com agressão."
Para Adriana Braga, psicóloga e professora do departamento de comunicação social da PUC-Rio, a grande quantidade de "conteúdo sexual ou banal" no Twitcam reflete "uma relação histórica que as sociedades têm com a banalidade, com o grotesco" (leia artigo na íntegra).
PEDOFILIA
Transmissões picantes no Twitcam costumam se espalhar com rapidez no Twitter.
No caso de se deparar com imagens que caracterizam pedofilia, como no episódio dos adolescentes que se masturbaram no Twitcam, quem acessa esse material por engano pode ser punido?
Segundo Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em direito digital, isso só pode ocorrer se, durante a investigação, for constatado que há mais conteúdo ilegal armazenado no computador -ou seja, que há uma conduta reiterada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário